quinta-feira, 12 de abril de 2007

DESPORTIVAMENTE - III (OS EQUIVOCOS DO SLB)

E eu que nunca quero ter razão!
Há cerca de uma semana referi aqui as opções que tinha Trappatoni quando foi eliminado da UEFA.
É a historia da manta do cigano "Tapa dum lado, destapa do outro". Mas também há uma grande falta de qualidade (neste caso nas duas equipas, pois no Espanhol, De la Peña está para os seus colegas como Rui Costa está para o resto dos jogadores do seu clube - não têm nada a ver, não percebem.....), algum desfasamento entre os objectivos do Clube e a realidade da equipa.

Na realidade o Espanhol é uma equipa vulgar, com um ou dois jogadores interessantes e um De La Peña que já não joga 90 minutos mas enquanto dura faz a diferença. Teve sorte no jogo, mas também soube organizar-se, explanar-se no campo fechando os caminhos da baliza, bloqueando quase todo o trabalho do meio campo benfiquista.
Estava a ganhar quando começou o jogo e soube "esperar para ver", saindo em contra-ataque sempre que o Benfica se distraía. E quase sempre com algum perigo.

Quanto ao Benfica, podíamos dizer que fez o que pôde...... mas não estávamos a dizer a verdade! Foi uma equipa pouco "larga", praticamente sem uma das alas (aquela onde não estava Simão) e com um "losango" de engenheiro - muito rígido, sempre com a preocupação de dar a bola a Rui Costa para ele resolver (e quase resolveu), mas não chegou.....

Esta equipa é, do ponto de vista da Metodologia do Treino, um enorme equivoco!!!!!
O que vem provar que ser filho do pai dá cunha mas não dá competência (vide preparador físico filho de Rodolfo Moura). Vê-se que as cargas não foram adaptadas ao calendário nem ao plantel, os jogadores estão "todos rotos", fazem lesões não traumáticas (Micolli, p.ex.), levam imenso tempo a recuperar a condição competitiva, enfim o Benfica merecia mais, que é como quem diz, quem naquela equipa técnica soubesse alguma coisa de Metodologia do Treino.
E não me refiro a Fernando Santos que se deve, como numa equipa técnica a sério, limitar a dirigir os trabalhos, escolher os onze para o domingo e dar a cara por aqueles a quem distribuiu tarefas e responsabilidades. Mas no SCP e na Grécia ele tinha o Aroso para lhe orientar a metodologia enquanto no Benfica as coisas não são assim e lá teve que se aguentar com o "rapazinho", fresquinho da Universidade mas ainda sem "substância" para tais tarefas.

E não me venham com a história do número de jogos que a equipa fez! Vejam só quantos jogos já fez Cristiano Ronaldo, ou Deco, ou Ricardo Carvalho, ou mesmo Diego e Hugo Almeida (no Werder Bremen). Mas aí o planeamento é adaptado constantemente ao calendário, à carga competitiva e tudo o resto "gira à volta disto".
"A competição tem que ser o melhor treino da semana"

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