quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

LINHA(S) DO COMBOIO

As infraestruturas de desenvolvimento, principalmente as ligadas aos transportes e às vias de comunicação ( linhas de comboio, aeroportos e estradas) devem, sempre, ser pensadas em termos de futuro. E, quando falo de futuro, não é um planeamento a cinco ou mesmo a dez anos, mas sim prevendo a sua utilização a vinte ou vinte e cinco anos. 
E não é isso que tem acontecido em Portugal!
Para nós, longo prazo são, na realidade, uns cinco anos, após o que as infraestruturas estão completamente ultrapassadas e a necessitar de ser alargadas, recuperadas ou, pior ainda, estão completamente ultrapassadas.
E está conversa toda porquê? 
Com muita frequência utilizo a saída de Évora pela estrada do Redondo e fui-me, nos últimos tempos, confrontando com as obras da nova via férrea que liga Évora a Elvas e a Espanha. 
E não foram os constrangimentos no trânsito nem o traçado da via que me causaram alguma angústia (já não tenho idade para essas coisas) mas sim o facto de, uma obra desta envergadura não ter futuro.
Então esta linha irá fazer a ligação do porto de Sines a Espanha e ao resto da Europa, irá servir o tráfego de passageiros entre Lisboa e Madrid, servir de ligação ferroviária entre o novo aeroporto ( se ele fôr construído na margem sul) e o interiores sul do país e é de via única? E as pontes construídas não têm capacidade para alargamento?
Daqui a quinze ou vinte anos fazemos outra!
E se levar tanto tempo como esta, entre reconhecer a sua necessidade e a execução, ficará pronta lá para 2070.
Pois... 
Podem inaugurá-la em conjunto com o novo aeroporto de... Lisboa, Alcochete, Vendas Novas, Montijo, Santarém!

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